DF registra primeiro caso da nova variante Éris da Covid-19.

Informação foi confirmada pela Secretaria de Saúde na tarde desta quarta-feira (30). Paciente é uma bebê de seis meses.

O Distrito Federal registrou o primeiro caso da variante EG.5, popularmente conhecida como Éris, da Covid-19. A informação foi confirmada pela Secretaria de Saúde (SES-DF) na tarde desta quarta-feira (30).

O caso foi detectado após sequenciamento genômico realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF), da SES-DF no dia 24 de agosto, em parceria com o Centro para Vigilância Viral e Avaliação Sorológica (Cevivas) do Instituto Butantan.

Segundo a pasta, a paciente é uma bebê de seis meses, atendida no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). A criança foi diagnostica no dia 11 de agosto com sintomas respiratórios. Ela foi internada, tratada e recebeu alta no dia 14 de agosto.

Em nota, a Secretaria de Saúde informou que analisou 30 amostras de exames de diferentes regiões do DF, e "somente o caso da bebê atendida no HMIB foi positivo para a nova subvariante".

O primeiro caso da nova variante no Brasil foi confirmado no dia 18 de agosto, em São Paulo. A paciente infectada é uma mulher de 71 anos.

Os sintomas começaram em 30 de julho, e ela recebeu tratamento em uma unidade hospitalar privada, e recebeu alta no dia seguinte. Ela estava com o esquema vacinal completo.

O que é a variante EG.5?

 Segundo informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a EG.5 é uma subvariante da Ômicron, que foi identificada pela primeira vez em fevereiro de 2023. Desde então, tem-se observado um aumento constante no número de casos relacionados a essa variante, principalmente em países como Reino Unido e Estados Unidos.

Ainda de acordo com a OMS, até o momento, a subvariante EG.5 não demonstrou maior gravidade ou riscos significativos em comparação com outras variantes. De acordo com o Ministério da Saúde, as recomendações sanitárias em relação às medidas de prevenção à Covid seguem as mesmas e não foram alteradas a partir da confirmação do caso.

A Éris é mais perigosa?

Com base nas evidências disponíveis, os funcionários da OMS dizem que não há indicação de que a subvariante esteja causando efeitos mais graves e que os riscos não são maiores do que outras variantes atuais de interesse.

👉 Alguns testes sugerem que ela pode escapar de nosso sistema imunológico mais facilmente do que algumas variantes circulantes, mas isso não significa dizer que pessoas ficam mais gravemente doentes.

No Reino Unido, houve um pequeno aumento de pessoas hospitalizadas nas últimas semanas, principalmente aquelas com mais de 85 anos, mas especialistas dizem que os números permanecem menores do que nas ondas anteriores. Não houve aumento de pessoas gravemente doentes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).


Quais são os sintomas?

Especialistas dizem que não há evidências que sugiram que essa nova subvariante cause novos sintomas de Covid.

Os sintomas da Covid podem incluir:

·         febre

·         tosse contínua

·         mudança no paladar ou olfato

·         fadiga

·         coriza

·         dor de garganta

Como podemos nos proteger?

Tal como acontece com outras variantes da Covid, o risco de doenças graves permanece maior para pessoas idosas ou com problemas de saúde subjacentes significativos.

💉 A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA, sigla em ingês) diz que a vacinação continua sendo a "melhor defesa contra futuras ondas de Covid, por isso ainda é importante que as pessoas tomem todas as doses para as quais são elegíveis o mais rápido possível".

A OMS diz que continua avaliando o impacto das variantes no desempenho das vacinas para que possa tomar decisões sobre atualizações na composição das vacinas.

Os especialistas recomendam lavar as mãos regularmente e ficar longe de outras pessoas, sempre que possível, se você tiver sintomas de uma doença respiratória.


Por Brenda Ortiz, Caroline Cintra, g1 DF 

Publicação: FERNANDO GOMES (DRT - 0004299/GO)



Publicado em 30 de Agosto de 2023.